
Há algum tempo venho observando, de forma entusiasmada, o despertar da divulgação progressiva da boa notícia (revista Vida Simples, Programa Ação, etc) - não sendo ela apenas aquela última informação do noticiário, usada como tira gosto. Parece que estamos começando a nos interessar - de modo mais significativo - por informações positivas, de realizações, que nos animem e nos deixem esperançosos. Será que está diminuindo a tendência primitiva do ser humano de privilegiar os acontecimentos trágicos (estratégia biológica de aumentar a probabilidade de sobrevivência)? Será que estamos tornando a amígdala civilizada (estrutura cerebral antiga e essencial na adaptação do homem numa realidade anterior, mas que ainda policia todos os acontecimentos de forma rápida e as vezes imprecisa, conferindo a conotação afetiva e sendo uma das principais responsáveis pelos transtornos de ansiedade)? Anseio pelo dia que consigamos escolher, assim como os produtos nos supermercados, informações também saudáveis, satisfazendo não apenas a necessidade de ingerir, mas de se alimentar.