Dois dias depois uma jovem de vinte e poucos anos, graduada numa universidade de referência nacional, diferenciada cognitivamente e independente financeiramente, demonstrou uma preocupante fragilidade emocional, com uma incipiente habilidade em lidar com a frustração. Apesar de bonita, fluente e inteligente, sua outra inteligência - emocional - lamentavelmente contrastava e comprometia significativamente a qualidade dos seus dias, geralmente com desânimo e tristeza. Conscientizá-la da importância do acompanhamento psiquiátrico e psicológico e das restrições atuais (faltas no trabalho, socialização empobrecida, reduzida satisfação nas atividades) e futuras (agravamento dos sintomas e dos prejuízos) também não foi uma tarefa fácil.
Pessoas bem diferentes, com habilidades e dificuldades opostas, mas com significativas e dolorosas semelhanças - tanto para elas, quanto para os familiares; para os demais o que se espera é, pelo menos, solidariedade e, se for inteligente, alguma reflexão...