Não podemos vê-la
nem tocá-la, mas duvido que alguém negue sua existência. Embora diferente do corpo
físico e palpável, ela também é bastante verdadeira. É a mente, a psique, a
alma. Continuamente nos proporcionando experiências bem efetivas, como os pensamentos,
emoções, sentimentos, lembranças, intuições, sonhos e todas as nossas motivações.
Mas ainda é um mundo desconhecido e pouco explorado por nós e, talvez por isso,
frequentemente o evitamos e tememos. Contudo, assim como o corpo, a mente apresenta
uma estrutura e um funcionamento, com necessidades nutritivas e mecanismos de
regulação para manter um equilíbrio. Em ambos, com o atendimento ou não das necessidades nos sentiremos saciados (satisfeitos) ou famintos (frustrados). A psique
tem uma existência paralela ao corpo, mas com interferências mútuas. Chamam a
atenção, entretanto, os momentos em que ocorrem discrepâncias de funcionamento entre
eles – quando, embora saciados organicamente, continuamos a comer pela “fome
interior”, ou quando satisfeitos na alma, nos interessamos menos pelos “alimentos
externos”. Apesar da indiscutibilidade dos fenômenos subjetivos e do seu significativo
impacto na nossa vida cotidiana, pouco os consideramos e, não raro, nos
referimos a eles com desdém, com comentários do tipo “isso é frescura!”. O
interessante é que embora tenhamos uma vida tangível, com casa, comida e roupa lavada, ao
mesmo tempo vivemos em outro domínio, onde habita nossa consciência. Nela percebemos e significamos. Nela somos e vivemos! Sendo assim, precisamos considerar
os fenômenos da mente, priorizar as necessidades da psique e buscar os verdadeiros alimentos da alma. E aí, desconheço algo que satisfaça mais que a intimidade
com o Mestre, método mais simples e eficiente de proporcionar felicidade do que
as Bem Aventuranças, e vida mais abundante do que a por Cristo oferecida.
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